FIESC: comércio internacional de SC deve crescer em 2019
Pela Análise do Comércio Internacional, a entidade revela que as empresas catarinenses acreditam no incremento das exportações, seguindo crescimento já registrado em 2017.
De acordo com a Federação Catarinense das Indústrias (FIESC), a grande maioria das empresas de Santa Catarina que atuam com comércio exterior projetam aumento das exportações nos próximos meses. Os dados são da Análise do Comércio Internacional Catarinense 2018, apresentada no dia 30 de julho em evento em Florianópolis, que contou com a participação da diretora da Interseas, Sheine L. Braga.
O estudo foi organizado pela entidade com 182 empresas de pequeno, médio e grande portes dos segmentos de indústria, comércio e serviços do estado. Para 90% das empresas consultadas pela FIESC, a expectativa é de crescimento. Mais de 50% delas acreditam que o incremento dos negócios ocorra pelo aumento na participação dos mercados em que já atuam, ou seja, pela ampliação do market share. Enquanto isso, para pouco mais de 35% das companhias, a ampliação ocorrerá por meio de vendas para novos mercados.
A pesquisa mostra ainda que já houve crescimento em comparação com 2017: 49% das empresas aumentaram os embarques acima de 10% e 12% afirmam que tiveram alta de até 10%. O câmbio favorável às exportações pode ter sido um fator de grande influência para a alta, mas a publicação também destaca a elevação no grau de internacionalização – 28% das companhias têm mais de 31% dos valores das exportações compondo seus faturamentos -, que melhora o comprometimento e a continuidade da frequência exportadora. Nesse ponto, o documento informa que 70% das companhias consultadas mantiveram regularidade de suas exportações nos últimos cinco anos.
Já em relação ao número de mercados compradores, 36% das empresas pesquisadas diversificaram moderadamente suas vendas no comércio internacional e indicaram que possuem atuação em até cinco países; apenas 11% se concentram em um único país.
Segundo a FIESC, o resultado da Análise do Comércio Internacional traduz uma forte cultura exportadora do estado e uma maior integração da economia catarinense ao mercado global e, com base nestes dados, poderá propor iniciativas e soluções para eliminar as barreiras ao processo de internacionalização. O objetivo é continuar viabilizando o desenvolvimento do potencial das indústrias catarinenses, inclusive de pequeno e médio portes.
Acordos comerciais, Portal Único e Certificação Digital: as iniciativas para impulsionar o comércio internacional
A desburocratização do comércio internacional também foi destaque no evento da FIESC. Representantes da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da Receita Federal e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) falaram de algumas iniciativas importantes para modernizar e simplificar os processos de importação e exportação no Brasil.
Entre os pontos abordados, estão:
- Acordos Comerciais – apesar da estagnação das conversas com a União Europeia, o Brasil ainda tem em andamento negociações com México, Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), Canadá, Coreia do Sul e Cingapura. Atualmente, 35% dos embarques de bens industriais são para países com os quais o Brasil tem acordo, e com a celebração das negociações em andamento o percentual pode aumentar para 55%.
- Portal Único de Comércio Exterior – É uma nova realidade da Aduana brasileira, que vai além de um novo sistema, pois engloba uma mudança de cultura da atuação entre Estado e setor privado. Já são 22 órgãos participantes do Portal Único. O novo processo de exportação está 99% digitalizado e em funcionamento e o novo processo de importação deve ser concluído em 2020. No caso das exportações, haverá redução de tempo de 13 para 8 dias e na importação cairá de 17 para 10 dias.
- Certificado de Origem Digital – o documento garante que o produto é brasileiro e tem direito a benefícios tarifários em diversos países. Na versão digital (COD), o certificado proporciona maior confiabilidade ao comércio exterior, além de simplificar, agilizar e diminuir custos nas operações. Há um trabalho entre governo brasileiro e argentino para que a partir de janeiro de 2019 todas as exportações entre os dois países amparadas em certificado de origem sejam somente via COD.
Para saber mais sobre mercados internacionais e gestão global de processos, entre em contato e solicite um orçamento com a Interseas.