Balança comercial 2020 do Brasil fecha com superávit de US$ 50,9 bilhões
O Brasil exportou US$ 209,9 bilhões e importou US$ 158,9 bilhões no ano passado, fechando o ano com um saldo positivo da balança comercial 2020 de US$ 50,9 bilhões. As exportações tiveram uma queda de 6,1% e as importações de 9,1% em relação ao ano anterior. Já o superávit cresceu 7% na comparação com 2019.
A queda nas movimentações do comércio exterior foi causada, principalmente, pela pandemia do novo coronavírus, que paralisou atividades econômicas por todo o mundo. Com a demanda interna em baixa, as importações tiveram maior queda do que as exportações.
O resultado das exportações foi puxado para cima pelo setor agropecuário, que teve crescimento em relação a 2019 e fechou 2020 somando US$ 45,27 bilhões em vendas. Já a Indústria Extrativa e a Indústria de Transformação tiveram queda. A Indústria Extrativa exportou US$ 48,85 bilhões (-2,7%) e a Indústria de Transformação vendeu US$ 114,90 bilhões (-11,3%) para fora.
Nas importações os três setores tiveram queda. Na agropecuária o recuo foi de 4,65%, com US$ 4,16 bilhões em produtos importados. A Indústria Extrativa teve a maior queda entre os três (-41,6%), fechando o ano com US$ 6,48 bilhões. Na Indústria de Transformação a diminuição das importações foi de 8,1% e o valor dos negócios em 2020 alcançou US$ 147,75 bilhões.
Balança comercial 2020: números da região Sul
Os três estados da região Sul estão entre os 10 brasileiros que mais movimentaram o comércio exterior em 2020. Nas exportações, o Paraná foi o sexto com maior volume (US$ 16,4 bilhões), seguido por Rio Grande do Sul (US$ 14 bilhões) em sétimo lugar e Santa Catarina (US$ 8,1 bilhões) em oitavo.
Nas importações, Santa Catarina foi o terceiro Estado do país e o primeiro da região Sul que mais comprou de fora, somando US$ 15 bilhões. Paraná veio na sequência, em quarto lugar no ranking nacional, tendo importado US$ 10 bilhões. Rio Grande do Sul ficou em sétimo entre os estados brasileiros, com US$ 7,2 bilhões de importações.
No ano passado, enquanto os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul registraram superávit na balança comercial 2020, Santa Catarina ficou com déficit de US$ 7,8 bilhões. Os três Estados do Sul tiveram recuos, tanto nas importações quanto nas exportações, na comparação com 2019.
Exportação
US$ FOB (em bilhões) |
Importação
US$ FOB (em bilhões) |
|||
2020 | 2019 | 2020 | 2019 | |
PR | 16,4 | 16,4 | 10,7 | 12,6 |
RS | 14 | 18,5 | 7,2 | 9,8 |
SC | 8,1 | 8,9 | 15,9 | 16,9 |
Fonte: Governo Federal, Comércio Exterior
Balança comercial 2020: principais parceiros comerciais e produtos mais vendidos
No balanço do comércio exterior do Brasil no último ano, os países que mais compraram nossos produtos foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Canadá. A China, principal parceiro comercial, comprou mais do que três vezes o valor do segundo colocado, os Estados Unidos. Os chineses somaram US$ 67,6 bilhões (6,8% a mais que 2019), contra US$ 21,4 bilhões dos americanos.
Com relação aos produtos importados, os principais países de origem são China,
Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul. Todos tiveram queda na variação de negócios na comparação com o ano de 2019.
Nas exportações do setor de Agropecuária: soja; milho não moído, exceto milho doce; e café não torrado foram os três produtos com maior volume de vendas. Soja e café registraram aumento das exportações, enquanto milho teve queda. Já na avaliação do preço médio, a soja registrou recuo enquanto milho e café tiveram alta.
Na Indústria Extrativa, os mais exportados foram minério de ferro e seus concentrados; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus; e minérios de cobre e seus concentrados. Tanto no volume de exportação, quanto no preço médio dos produtos, os minérios tiveram alta enquanto os óleos tiveram queda.
Na Indústria de Transformação os produtos mais vendidos para o exterior foram açúcares e melaços; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada; e farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais. Todos cresceram em relação ao valor total vendido em 2020, porém os açúcares e farelos foram exportados por preços menores.
Confira os cinco produtos, por setor, com maior volume de exportação em 2020:
Agropecuária
Soja, Milho não moído (exceto milho doce). Café não torrado. Algodão bruto. Frutas e nozes não oleaginosas (frescas ou secas).
Indústria Extrativa
Minério de ferro e seus concentrados, óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus. Minérios de cobre e seus concentrados. Outros minérios e concentrados dos metais de base. Outros minerais em bruto.
Indústria de Transformação
Açúcares e melaços. Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais. Celulose. Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas.
Fonte: Governo Federal, Comércio Exterior
Nas importações da Agropecuária, os produtos mais comprados foram trigo e centeio, não moídos; frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas; e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados. Destes, apenas os produtos hortícolas foram adquiridos em maior volume e por preço mais elevado.
Na Indústria Extrativa, os mais importados foram óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado; e gás natural, liquefeito ou não. Na Indústria de transformação os produtos mais comprados foram plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes; adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos); e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos).
Confira os cinco produtos, por setor, com maior volume de importação em 2020:
Agropecuária
Trigo e centeio, não moídos. Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas. Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados. Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado. Soja.
Indústria Extrativa
Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus. Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado. Gás natural, liquefeito ou não. Minérios de cobre e seus concentrados. Outros minérios e concentrados dos metais de base.
Indústria de Transformação
Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes. Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos). Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos). Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios. Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou fotocátodo, diodos, transistores