Seminário na FIESC debate o futuro dos acordos comerciais e perspectivas para o comex em 2019
Acordos comerciais, prioridades empresariais da Organização Mundial do Comércio (OMC) e negociações internacionais foram debatidos em seminário realizado pela Câmara de Comércio Exterior da Federação Catarinense das Indústrias (FIESC) na manhã do dia 25 de junho.
A reunião, que aconteceu na sede Federação, manteve atenção total para o acordo do Mercosul com a União Europeia, que deve ser firmado ainda nesta semana. Após a finalização do pacto, há o período de internalização das normas, o que pode levar até um ano.
As diretoras da Interseas, Sheine e Csele L. Braga, acompanharam o debate, que também abordou o futuro das negociações brasileiras e os desafios a serem enfrentados pelo comércio exterior. O gerente de negociações internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrizio Panzini, apresentou o panorama internacional, com cenários previstos para este ano e a agenda para a inserção comercial do Brasil neste contexto em 2019. Ainda, falou sobre a importância das exportações brasileiras: R$1 bi exportado gera mais de 31 mil empregos, massa salarial de R$589 milhões e R$3,8 bilhões em produção.
Prioridades na OMC
Panzini deu destaque para o acordo comercial do Mercosul com a UE na questão das prioridades empresariais da OMC. Após um período de 20 anos de negociações, as discussões entraram na reta final – a facilitação de comércio do Brasil com os membros da UE irá gerar vantagens como uma maior abertura econômica do país.
A redução da Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os setores, aumentando o potencial de crescimento do país, é umas das medidas previstas pelo governo federal. Além disso, a redução das tarifas de importação de bens de capital (BK) e bens de informática e telecomunicações (BIT) de 16% para 4% também faz parte da agenda de propostas dos 100 dias.
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, acrescentou que a redução de tarifas deve ser algo planejado para que as empresas brasileiras possam se preparar, sem prejuízos. O seminário ainda trouxe uma atualização dos acordos internacionais em andamento, que são ferramentas fundamentais para estabelecer vantagens na comercialização de produtos entre os países signatários. Foi apresentado o status das negociações com a UE, Coreia do Sul, Canadá e EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio), além da ampliação do acordo entre Brasil e Chile.
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