Fluxo de importação e exportação em SC foi apresentado na FIESC
Evento trouxe dados do fluxo de importação e exportação do estado e revelou que 92% das empresas catarinenses querem ampliar seus mercados em 2018.
O fluxo de importação e exportação em Santa Catarina foi apresentado em evento na Federação das Indústrias do estado, a FIESC. A entidade divulgou a Análise do Comércio Internacional Catarinense 2017, um diagnóstico que contou com a participação de 161 empresas de pequeno, médio e grande portes dos segmentos de indústria, comércio e serviços.
As diretoras da Interseas, Csele L. Braga e Sheine L. Braga, estiveram presentes e acompanharam as atualizações do comércio exterior no estado, que além do fluxo de importação e exportação, trouxe discussões sobre o novo processo de exportação, de importação (que está em consulta), Portal Único e em relação às negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia.
Para a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, a expectativa por parte das empresas exportadoras em ampliar as atividades em 2018 é muito positiva. Segundo Maria Teresa, com a retração do mercado interno a exportação foi uma porta importante que se manteve aberta para as empresas catarinenses. “Mas é importante salientar que as importações e exportações não podem ser uma decisão de momento. Precisam estar presentes de forma estratégica nos negócios, para que possam trazer bons resultados”, destacou.
Fluxo de importação e exportação: SC quer ganhar mercados
A Análise do Comércio Internacional Catarinense 2017 revelou que 92% das empresas consultadas pretendem aumentar a participação nos mercados em que atuam ou abrir novos mercados em 2017 e 2018. O documento informa também que de 2015 para 2016, a participação das exportações no faturamento aumentou para metade das empresas ouvidas (50,5%). Para 26,7% os embarques mantiveram-se estáveis e para 22,8% foi menor. No total, o estado exportou US$ 7,59 bilhões no ano passado.
Atualmente, as negociações internacionais de Santa Catarina representam 4,1% das exportações e 7,5% das importações no país. Em 2016, o fluxo de importação e exportação no Brasil somou US$ 185 bilhões em exportações e US$ 137,5 bilhões em importações.
A análise da FIESC mostrou que 55,1% das empresas atuam em até cinco países enquanto 44,9% exportam para mais de seis mercados, demonstrando mais diversificação. Já em relação ao número de mercados importadores atendidos de 2015 para 2016, 55,1% diversificaram os países, 36,2% se mantiveram nos mesmos mercados e 8,7% reduziram a atuação.
A publicação destaca ainda que um dos principais desafios do comércio exterior é manter a regularidade das exportações, principalmente com o avanço da participação das empresas de médio e pequeno porte. As grandes companhias são a maioria das exportadoras, mas as pequenas, médias e micro avançam nesse sentido. No estado, 63% das empresas dizem exportar todos os anos, sem interrupções; as demais (37%) atuam esporadicamente.
Outro ponto é avançar na participação de produtos com alto valor agregado embarcados para o exterior, já que 51% dos produtos exportados em 2016 eram de baixa tecnologia, concentrados em bens de consumo e intermediários. Por exemplo, em setembro deste ano, os embarques catarinenses para o exterior registraram um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo a 14ª alta consecutiva. Mas no acumulado, as vendas de carne suína, de aves e soja dominam às exportações.
Com relação ao nível de segmentação dos mercados externos, para a maior parte das empresas pesquisadas (51,1%), o público-alvo é composto por diferentes tipos de consumidores em diversos mercados, demonstrando a capacidade de atendimento e de adaptação das empresas a distintos públicos. Outras 23,7% possuem estratégia de foco em nicho de mercado, e 20,5% concentram as ações em poucos mercados, mas para diferentes tipos de consumidores. Somente 4,7% desconhecem o perfil dos consumidores.
Na avaliação da competitividade dos preços dos produtos comercializados no exterior, a maioria das exportadoras (55,1%) percebe que é moderadamente competitiva, ou seja, consegue atuar no exterior com preços um pouco abaixo da concorrência. 4% das empresas informaram que são muito competitivas. Porém, 29,1% das companhias consultadas indicaram que são pouco competitivas em função dos preços praticados no mercado de destino e outras 11,8% não souberam avaliar.
A íntegra do estudo está disponível neste link. E para saber mais sobre mercados internacionais e gestão global de processos, siga acompanhando o Blog de Comércio Exterior da Interseas. Se tiver alguma dúvida, deixe um comentário ou entre em contato!