Fluxograma de exportação: passo a passo
Exportar é uma ótima maneira de fortalecer uma empresa. Ao se lançar em terras internacionais, a companhia precisa se modernizar e se adequar a diversos padrões, e com isso ganha diferenciais competitivos.
Mas como qualquer investimento, a exportação precisa ser pensada e organizada. Por isso, conhecer o fluxograma de exportação é importante para quem busca ampliar mercados em outros países.
O fluxograma de exportação: passo a passo
No Brasil são habilitadas para exportar as pessoas jurídicas que possuem cadastro na Receita Federal para operar no comércio exterior, este é realizado através do sistema Habilita, no Portal Único do Comércio Exterior. Antes disso é importante observar algumas questões.
Uma forma de entender melhor o fluxograma de exportação e organizar essa demanda dentro da empresa é seguir um passo a passo. Em seguida, listamos as etapas. Confira:
1. Planejamento
Ter um planejamento é fundamental para uma operação de exportação de sucesso. A decisão de vender para fora não deve ser baseada exclusivamente em uma condição momentânea, como câmbio favorável ou cenário interno em crise. Isso porque, quando essas situações passam, a empresa pode ter dificuldades em manter a atividade de exportação se não fez o processo com bom planejamento.
É preciso avaliar a capacidade de exportação da empresa e definir o que exportar, como e para onde. Para isso, deve-se verificar as condições do mercado internacional para o produto que será vendido: qual preço dele em cada país; quais os custos de frete; quem são os concorrentes; o produto apresenta características de expansão ou estabilidade de consumo?
O engajamento de toda a fábrica ou empresa também é de suma importância para o sucesso. Exportar não pode ser a decisão de um, mas de todos.
2. Conhecer a legislação e os acordos internacionais
Ainda na fase de planejamento, é preciso consultar as barreiras tarifárias e não-tarifárias, além de conhecer a legislação sobre exportação, não somente a brasileira, mas também a do país para onde vão os produtos. Muitas normas de exportação no Brasil estão consolidadas na Portaria SECEX nº 23, de 14/07/2011.
É importante também buscar informações, saber se existem acordos comerciais entre o Brasil e o país de destino da exportação e atentar aos Incoterms (Termos Internacionais do Comércio). Estes são publicados pela Câmara de Comércio Internacional (ICC) e, dentro de uma estrutura negocial, definem e padronizam direitos e obrigações do exportador e do importador.
A partir destes termos é possível saber, por exemplo, quem paga o frete, o seguro, até onde vai a responsabilidade de custo e risco de cada um. Ou seja, para a sua formação de preço é fundamental conhecer os Incoterms.
3. Definição de preço e logística
Depois de avaliar internamente a capacidade de produção e definir o que será exportado, estudar o mercado consumidor, adequar seu produto e embalagem e conhecer a legislação e as normas de exportação, é hora de fazer a precificação.
A definição de preço deve eliminar itens relacionados ao mercado interno (como impostos específicos para consumo no Brasil) e adicionar elementos que deverão compor o preço no exterior, como por exemplo, a questão logística.
No planejamento de logística, é preciso considerar o perfil da carga para a definição do modal de transporte e o Incoterm, pois conforme citamos acima, ele influenciará diretamente no seu preço de venda.
O Governo Federal possui um simulador de preço para produtos de exportação, para ajudar quem está trabalhando para lançar seus produtos em terras internacionais. Com planejamento e precificação feitos, é hora de colocar o bloco na rua e começar as vendas.
4. Emissão dos Documentos, obtenção de licenças, nota fiscal e declaração única de exportação (DU-E)
Os documentos serão utilizados desde oferta de venda, até o desembaraço aduaneiro no país de destino. Por isso, é importante dar a devida atenção a eles e também validar com o importador se estão de acordo com a legislação do país para onde seus produtos estão sendo vendidos, para conferir se falta algum dado, ou até mesmo documento adicional.
Além das formalidades aduaneiras, administradas pela Receita Federal do Brasil, alguns produtos necessitam de licenças específicas para serem exportados. Na segunda etapa, ao estudar a legislação e os acordos internacionais, você fará o levantamento dessa documentação. Agora, depois da precificação, negociação e venda, é hora de obtê-la.
As Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos Necessários à Exportação (LPCO) podem ser solicitadas pelo Portal Siscomex e serão necessárias para realizar a Declaração Única de Exportação (DU-E). Para registrar a DU-E também é preciso emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de exportação.
A DU-E é um documento eletrônico que compreenderá informações de natureza comercial, administrativa, aduaneira, fiscal e logística.
5. Operação de câmbio e embarque
Depois de estar com a documentação em dia, o quinto passo do fluxograma de exportação é contratar uma operação de câmbio para receber o pagamento das mercadorias exportadas. Mas esta etapa pode ocorrer antes ou mais a frente, dependendo da modalidade e prazo de pagamento acordados entre importador e exportador. A etapa seguinte é a realização do embarque do produto e despacho aduaneiro.
6. Realizar follow-up após o embarque
O último passo do fluxograma de exportação é a realização do follow-up após o embarque. Esse processo é importante para garantir que o produto chegará corretamente ao destino e que todo o trabalho feito até aqui seja concluído.
O Governo Federal possui o desenho simplificado de um fluxograma de exportação e uma cartilha que detalha vários processos relacionados a ele. A Secretaria de Comércio Exterior possui ainda diversos manuais para auxiliar as empresas que desejam expandir seus negócios para o mercado externo.
Parecem muitos passos, informações e particularidades? De fato, são! Por isso, é fundamental contar com um bom parceiro, que tenha experiência e domínio do processo, para cuidar da parte operacional e aduaneira. Assim, você poderá focar na abertura de mercado e adaptação do seu produto.
A Interseas tem ampla experiência neste segmento. Temos o propósito de orientar pequenas e médias empresas no ingresso do mercado internacional, como exportadoras e importadoras. Há 20 anos, atuamos como empresa facilitadora para nossos clientes neste ramo e continuamos somando conquistas. Traga suas operações para a Interseas.