Balança comercial no primeiro semestre de 2021

A Balança Comercial do primeiro semestre de 2021 registrou superávit histórico! O superávit acontece quando as exportações superam as importações. O contrário, é considerado déficit comercial.

De acordo com o Ministério da Economia, de janeiro a junho de 2021, o Brasil exportou US$ 37,5 bilhões mais do que importou. Isso significa um aumento de quase 70% se comparado ao primeiro semestre de 2020, quando o superávit foi de US$ 22,3 bilhões. O saldo positivo representa um recorde, sendo o maior da série histórica, contabilizada desde 1989.

No total, as exportações do primeiro semestre somaram US$ 136,7 bilhões, com uma alta de 35,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e as importações fecharam em US$ 99,2 bilhões, com alta de 26,6%.

A alta dos indicadores de exportação acontece não só pela demanda externa aquecida, principalmente dos países asiáticos – maior destino das exportações brasileiras, mas também por causa da base de comparação, já que em 2020 o mundo estava sofrendo a fase mais crítica da Covid-19, com grandes restrições.

Principais produtos negociados pelo Brasil

Os produtos agropecuários são sempre destaque quando falamos de exportação, sendo a soja, o café, a carne bovina e o algodão os principais produtos desse primeiro semestre. Os embarques do complexo de soja, como o grão, o farelo e o óleo, tiveram recorde histórico para o período, totalizando 70,8 milhões de toneladas. Em números gerais, o setor contou com uma alta de quase 30% em relação ao início de 2020.

A indústria extrativa também obteve bons resultados, beneficiada pela valorização de minérios de ferro, cobre e óleos de petróleo nos mercados internacionais. A exportação desse segmento cresceu 175,8% comparada a junho de 2020 e 77%, em relação ao primeiro semestre de 2020 – impulsionada principalmente pelas compras de minério de ferro da China.

Na indústria de transformação, que cresceu 22,6%, os combustíveis, aço, aeronaves e seus componentes se destacaram.

Nas importações, os bens intermediários foram os maiores destaques da Balança, com ênfase para os produtos químicos, insumos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes.

O que esperar do segundo semestre de 2021?

O otimismo está presente nas previsões para os próximos meses, principalmente porque a grande maioria dos nossos parceiros comerciais – como China, Estados Unidos e União Europeia, já estão recuperados, ou em processo de recuperação, da crise causada pela pandemia de Covid-19.

Assim, as previsões da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) estão otimistas para o próximo semestre. A expectativa de aumento nas importações é de quase 30% e nas exportações de 46,5%, com a possibilidade de recorde histórico de US$307,5 bilhões exportados no ano.